A boa sorte de Matias era por muitos invejada: nunca teve que lutar, cresceu junto com a mulher com quem se casou.
Seu irmão, ítalo, tem 8 anos e sua irmã, Lucíola, 17.
Ele se casou na igreja ali próxima e sua mulher já espera um filho: e não é só ela, todos esperam.
Às 7 da manhã Matias desperta, como é habitual, ao lado se sua esposa Stela: a mais bela jovem de todo o povoado.
- Já despertaram os dorminhocos apaixonados? Disse ítalo
- Não vá esquecer-se de que prometeu ensinar-me a usar o arco e a flecha, irmão!
- Sabes que tenho trabalho, ítalo, não pegue meu arco longe de mim. Disse Matias
- Sei que tens trabalho, mas uma coisa não sei. se tens palavra.disse ítalo
- Já faz um mês que prometes ao teu irmão. Se não o ensinares logo eu mesma aprendo para ensiná-lo!disse Stela sorrindo
- Está certo, espera que vou preparar-me para sair. Disse Matias
- Olha a tua direita, irmão, deixei tudo pronto para você.
À sua direita Matias viu suas vestes numa cadeira, seus sapatos ali perto, seu arco e seu chapéu.
- Pois bem, moleque obstinado, hoje tu aprendes a manejar o arco! Disse Matias
- Pois bem homem obstinado, hoje tu descobres que teu irmão menor tem melhor pontaria que tu!
- Veremos...vamos, saia que vou aprontar-me Disse Matias
- É hoje, Matias, lembra-te de que data celebramos? Disse Stela
- E como haveria de esquecer? O dia de nosso primeiro beijo! Foi há 12 anos atrás mas é como se fosse ontem!
- Sim, sei, se te lembrasses mesmo saberia que foi a 13 anos e não a 12.
- Ainda não cheguei na idade do esquecimento, Stela, e não vou cair nesse seu truque!
Stela riu baixo e disse:
- Se concordasses comigo sobre o que disse certamente terias de ouvir poucas e boas. Agora para de tagarelices e vá ensinar teu irmão a caçar.
-Não vou ensiná-lo a caçar e sim a atirar com arco e flecha, não o quero matando animais. Disse Matias
- Então vá e que deus proteja a ti tanto quanto tu proteges os animais!
- Eu me mandas embora como se não desejasse minha presença, diga agora que me ama mulher!
Stela deu uma alta risada e segurou com a boca.
- Sabes que adoro quando imitas o costume dos trogloditas?
- Não precisas disso comigo, meu amor por ti é incondicional, amo-te como a mim mesma.
- E eu já nasci te amando, Stela, até mais tarde.
Matias, enquanto conversava com Stela, estava se vestindo. Beijou-a e os dois trocaram aquele olhar dos que se amam.
Um sorri ao ver outro que também sorri por está-lo vendo e depois sorriem ainda mais pelo sorriso do outro. A tendência é ficarem como dois inválidos, mas ele tinha que sair então avisou logo a criada para cuidar dela e saiu com o irmão.
- Vamos matar que animal, irmão?disse ítalo
- Tire essas tolices de tua boca, irmão, com meu arco tu não matas nem uma mosca. prometi ensinar-te a atirar, não a matar!disse matias
- Se um homem possuído pelo diabo quiser te matar posso te defender?
- Bem, nesse caso podes, mas só nesse caso. Ouviste bem? Disse Matias
- Sim, estarei alerta.isso se você me ensinar a atirar! Disse ítalo empolgado e cheio de esperanças.
- Certo, vamos, conheço uma arvore boa onde não passa ninguém.
Foram andando para o canto da vila onde morava Emanuel, o gigante.
Todos por lá o temiam pois seu pai havia sido um grande assassino guiado pelo demônio e criam que filho de peixe, peixinho é.
Matias não julgava ninguém então era o único a falar com Emanuel.
A essa hora Emanuel já estava na igreja rezando e ele ficaria por La até tarde então o lugar estava totalmente deserto.
A maior arvore das redondezas ficava nos fundos da casa de Emanuel e ela seria perfeita para seu irmão aprender a atirar.
- Olha para o meu braço ítalo, e veja se acompanhas meu movimento, mantenha os dois olhos abertos e concentre-se no seu alvo que é aquele tronco grosso logo ali.vou atirar uma vez e verás que não é nada difícil mas que requer dedicação e força.
Matias lançou a flecha com precisão no centro do tronco arrancando um aplauso de seu irmão melhor.
- Um dia serei com tu, irmão! Disse ítalo com os olhos brilhando.
- Um dia serás melhor do que eu pois agora sou homem de negócio e não mais arqueiro!
- Não entendo porque você se mete com esse negócios tão chatos. Eu quero ser um arqueiro valente que luta pelo imperador e o ajuda a conquistar o mundo.disse ítalo
- Antes de ajudares qualquer um a conquistar o mundo deves ajudar seu estômago a conquistar comida, a guerra é perigosa e o pagamento recebido é muito ruim.disse Matias
- De que me importam pagamentos se posso ser um arqueiro?
- Você vai tagarelar ou dar seu primeiro tiro? disse Matias com uma risada maldosa
- Esse arco é grande demais para você, vamos um pouco mais para perto do tronco.
- Ah ah, não sabes que eu sou o melhor de todos quando se trata de trepar em arvores?
- Meus braços são fortes e estou certo de que para atirar me sairei bem daqui!
O menino pegou no arco e logo se via que estava pesado mas ele se esforçou e ergueu bem.apontou, fechou um dos olhos, puxou co toda a força e disparou.
- Hahaha! Bem, acho que isso deve ser bom para começo não é?disse Matias ao ver onde a flecha tinha parado.
- Empresta-me teu arco por hoje, irmão, e melhorarei.
- Estás louco, ítalo, vamos pegue lá a flecha.
- Dessa vez vou te ajudar. Dei-te um conselho e tu não ouviste: mantenha os dois olhos abertos e concentrados no alvo.mantenha a flecha firme e apontada para o alvo sem olhar para ela senão enquanto a prepara no arco.
- Esqueça o mundo, esqueça os sons e as imagens em volta do alvo, só o alvo existe e você tem que acertá-lo.
Ítalo disparou um segundo tiro mas a força da flecha não foi suficiente para ela perfurar o tronco.
-Matias, é bom ver que alguém nessa cidade se importa em visitar-me!
-Deus esteja contigo, Emanuel, estava eu aqui com meu irmão ensinando-o a atirar com o arco e flecha mas ele mal agüenta o peso do meu arco!
-Pois é, Matias, é bom você dizer isso pois eu mesmo fiz um arco pequeno para ele, é leve e resistente mas quando o chamei ele temeu a mim pela fama de meu pai.
- Peça desculpas, ítalo, por ter sido indelicado com Emanuel.não sabes que ele é um homem de Deus?
- Me desculpe, senhor Emanuel, mas é que dizem que o senhor cozinha crianças.
- Dizem muitas coisas, meu jovem, mas te asseguro que sou um homem temente à Deus.
Emanuel entrou em casa e voltou rápido com um arco de madeira e cabo de cipó bem feito.
- Prometo ao senhor e ao meu irmão que vou ser o maior arqueiro de todo o mundo!
Matias insistiu para que Emanuel se juntasse aos dois para ir almoçar pois já era hora mas este recusou.(ler Emanuel parte 2)
- Parece que já sinto o cheiro do almoço!
- Se tua mulher fosse tão boa em cozinhar quanto em encantar eu seria feliz, irmão.
- Ah, cala-te ítalo.sabes que a comida não é ruim.
- O amor realmente fez tua língua perder o paladar!
- E tua idade te faz perder o juízo, pare de falar besteiras e vamos logo para casa.
Chegaram em casa e foram recebidos entusiasticamente por Stela:
- Ah amados de meu viver, espero que amem tanto a comida como eu vos amo
- Pois eu te garanto que a amo mais do que amarei a comida. Disse ítalo sorrindo
- Cala-te logo, moleque, e venha para a mesa! Disse Stela sorrindo.
- Teu presente já está pronto Stela, hoje a noite vamos fazer uma festa e te farei uma surpresa.
- Ah não Matias, me conte logo o que é.
- Dizes que está pronto mas és um fiasco em qualquer coisas que te peça um pouco de destreza.
- Mas não importa, só de ter sido feito por tuas mãos já me é perfeito.
- E pensas que eu seria cruel a ponto de dar à minha amada um presente que só a agrade por causa de sua origem.
- Tudo bem, sei que com uma origem como eu qualquer presente fica ótimo, mas tem que ser especial.tão especial quanto que o vai receber.
- E tu, Stela, tens um presente para mim?
- Ah tenho mas bem sabes que não é surpresa pois já me viste fazendo-o
- Ah sim fabuloso!
- Ah Stela, aquele presente estás dando a ti mesma!
- Minha felicidade não é a tua? Só queria te ver bonitinho, homem, que mania essa tua de se vestir feito trapo!
- Vestido de trapo eu sou teu príncipe, e vestido de príncipe serei teu Deus.
- Um Deus que come comida fria por perder tempo falando bobagens.senta logo e venha comer!
- Deuses vivem de amor, Stela, não vou comer!
- Ou come ou nada de amor!
- Você vive de fazer chantagem!
- É pro teu bem, vamos coma.parece que não gosta da minha comida!
- Ah mas gosto, queres fazer a comida para a festa?
- Pensei que chamarias Josefina!
- Podes chamá-la para ajudar, se quiser
- Eu a chamo para ti, cunhada, é só mandar. Disse ítalo com a boca cheia sorrindo.
- Ora, cala-te, fedelho, está comendo com o maior gosto aí.
- Meu Deus Matias, como podes comer tão rápido?
- Tendo bons camponeses me esperando, Stela, assim que posso!
Matias levantou-se apressado e Stela interrompeu-o:
- E o meu beijo?
- Haha! Passaste no teste!
- Sei, teste...
Eles se beijaram e ítalo tapou os olhos.
- E tu ítalo, vai ajudar-me com o jantar!
- Ah sim, ajudarei a ter algo decente para comer
Matias ouviu isso e saiu sorrindo em direção ao campo.
Antes de chegar lá um de seus funcionários o avistou:
- É ele, é Matias!
Ergueram-se os camponeses e fora em direção à ele
- Querendo nos dar um puxão de orelha não é? Disse um dos camponeses
- Ah ta, como se os melhores camponeses que já conheci precisassem disso!
- Senhor Matias, - interrompeu um dos camponeses – minha mulher quer te fazer um jantar hoje à noite para te agradecer por tudo o que o senhor tem nos feito.
- Ora vejam só, sua mulher querendo me comprar com um jantar
- Não o compra ela pois usa para fazê-lo coisas que são do senhor.
- Haha! Minhas...
- Eu dei de presente, agora são suas, pare com isso que eu estava brincando!
- Hoje, hoje é um dia especial, o dia em que comemoro meu primeiro pecado, meus homens!
- O dia em que decidiu se casar? Disse um dos camponeses sendo seguido por intensas risadas
- Desse pecado eu me arrependo até hoje, mas Matias não deve se arrepender com a mulher que tem
- Pois não em arrependo, hoje comemoro o aniversário do meu primeiro beijo em Stela!
- Vou fazer uma festa e todos vocês estão convidados!
- Ah comida farta! Como tive sorte de fugir daquele feudo e cruzar contigo Matias. Disse o primeiro camponês
- Bem, vamos ao trabalho?
- Temos que lhe falar uma coisa, senhor Matias.
Matias o olhou como quem espera que algo seja dito e um deles continuou:
- Emanuel, aquele assassino, seqüestrou uma vaca e a esfolou na noite passada!
- É, eu vi com os meus próprios olhos!
- Ora homens, não vos contei?
- Eu vendi aquela vaca para ele!
- E porque, senhor, ele a veio buscar no meio da noite?
- Ora, porque vocês o assustam com seus olhares, coitado, ele não tão mal quanto vocês julgam.
- Mas ele matou a vaca, Matias, é um assassino como o pai.
- Quem aqui viu ele matando?
- Ninguém, mas achamos a vaca esfolada atrás da pedra logo hoje bem cedo
- E como sabem que ela não foi morta por animais selvagens?
- És mesmo um santo, Matias, deixe que o tempo dirá qual animal matou a vaca.
- Certo, vamos ao trabalho duro agora e se preparem para a maior festa que o povoado de Santa ágata já viu!
O dia de trabalho não foi lá tão pesado pois, da forma como Matias organizava suas terras, cada um era como se fosse dono de uma parte e isso atraía muitos camponeses.
O trabalho era dividido e Matias ganhava mais porque os camponeses decidiram que ele merecia.
Todas as terras eram tratadas sem um esforço grande demais pois aquela era a única terra onde não se fabricava mais do que o necessário.
O dia passou e Matias foi-se para casa despedindo-se dos camponeses, todos agitados por causa da festa.
- Stela!
- Matias, como você está fedendo!
Matias sorriu e disse:
- E tu cheiras a tempero, vamos tomar um banho!
- Espera só um pouco que tenho que ir chamar o padre
- Ah sim, chame-o que tenho uma confissão a fazer.
- Não apronte, Matias, veja La o que vai dizer ao padre!
- Não confias em mim?
- Confio minha vida a ti, meu amor.
- Estão espera e ouça minha confissão!
- Está bem vou indo, você tem algum recado?
- Convide todos na igreja por mim, por favor.
- Por ti?
- Achas que eu deixaria de chamá-los se tu não pedisse?
- Não, só quero em sentir no controle!
Ela sorriu e saiu indo em direção à igreja...
Os camponeses chegaram e Stela já estava pronta para a festa quando o padre chegou:
- Chegou quem eu estava esperando, disse Matias em voz alta.
- Sabem, meus caros hoje é o dia mais feliz da minha vida!
- Todo dia é o dia mais feliz da sua vida, Matias! Disse um dos camponeses sorrindo
- Exatamente! E esse é o ponto.
- Minha felicidade se refaz e aumenta a cada dia que passa mas hoje é um dia especial pois tenho que fazer uma confissão e me livrar dos meus pecados.
- Perdoa-me padre, pois eu pequei!
Todos riram e o padre se constrangeu
- A exatamente 12 anos atrás eu menti para o senhor padre.
- A nossa aula havia acabado e nós tínhamos que buscar água no poço
- Ou melhor dizendo, era a vez da Stela buscar.
- Tadinha, ela fazia duas viagens com aquelas mãozinhas delicadas
- Eu disse que queria ir com ela para ajudá-la, vocês sabem, pra carregar a água
- Mas na verdade eu estava mentindo!
- Eu levei ela até o poço e a pedi em casamento!
Todos se supreenderam
- E ela disse não!
- Eu tão eu continuei e disse: casa comigo ou te jogo no poço
- Ela sorriu e me abraçou colocando seu queixo no meu ombro direito
- Se você me jogar eu te levo junto. Disse ela.
- Bem então podemos evitar duas mortes com esse casamento!
- Aí meus amigos, eu ergui a cabeça dela, exatamente como eu havia visto um camponês fazer com uma rameira
Todos riram
- Essa parte você nunca me contou, Matias! disse Stela rindo
- Eu não sabia bem o que eu estava fazendo, mas a beijei.
- Aquele foi o dia mais feliz da minha vida amigos, e é isso que comemoramos hoje!
A minha mentira!
- Ora, Matias, pensei que hoje fosse o dia mais feliz!
- E é, meu amigo, naquele dia aquele dia foi o melhor
- Hoje o melhor é hoje
- Porque a cada dia que passa quando sei que estou com Stela, eu fico mais feliz!
- Talvez vocês pensem que essa felicidade é só minha mas não é.
- Porque vocês acham que divido tudo o que tenho?
- Que sentimento nos inspira mais do que o amor, meus amigos
- Um brinde ao amor, disse ítalo, e todos ergueram o vinho
Ítalo ficou radiante, todos o ouviram.
- Esperem senhoras e senhores, eu tenho um presente especial para o Matias no nosso aniversário do primeiro beijo!
Stela ergueu um roupão colorido em que as cores passavam umas sobre as outras como ondas.
Era amarelo, vermelho e azul.
Matias pegou o roupão e vestiu meio desajeitado rindo, já meio alterado por causa do vinho.
- Olhem só o vestido, sou o bobo da corte mais feliz do mundo!
- Onde está minha música?
O filho de um dos camponeses fez um sinal com a mão e começou, junto com mais 3 jovens o batuque animado.
- Dancem, comam, sorriam!
Até o padre se enturmou na dança, os jovens realmente eram bons no que faziam
- Você está perdoado, Matias! Gritou o padre
Todos sorriam, a festa estava animada até que um dos camponeses caiu!
- Ora, você já caiu?
- Não acredito!
- Bem parece que tenho que dar o presente de Stela antes que todos caiam e ninguém possa ouvi-lo!
Matias acenou para os jovens pararem de batucar e começou
- Os senhores sabiam que graças à Stela eu ando com não duas mais quatro pernas?
- Ah, sim, quando nós casamos nossas mulheres montam sobre nossas costas!
Um dos camponeses gritou
- Ah amigo mas minhas quatro sustentações são as melhores!
Uma é maior do que a outra então vou começar a definir da menor para a maior.
- A primeira sustentação que Stela me dá é a volúpia e que volúpia!
Stela enrubesceu e todos riram
- A volúpia une nossos corpos e os torna um. A pele dela me dá de beber e a minha dá a ela de forma que podemos sentir o gosto um do outro.nossa energia jovial nos consome e nossos suspiros ficam gravados no livro dos deuses.
- Mas a volúpia, meu caros, para mim não basta.
- Há mais 3 pernas, certo!
- A segunda é bem maior, a chamo de paixão
- A paixão me faz querer tê-la só para mim e ela ter-me só para ela, faz-nos sentir falta um do outro a cada instante que passamos longe um do outro.
- Nos interrompe no que estivermos fazendo para colocar a outra pessoa na cabeça.
- Cada vez que a pessoa passa diante dos nossos olhos nosso coração queima de desejo, nossa alma queima de fome e sede dela. ela é como uma necessidade vital, sem ela não há vida, não há alegria
- Eu não sei vocês mas quando estou alegre o meu coração palpita, eu fico como uma criança olhando o sol para ver se ele se põe logo para eu poder me entregar para Stela, para passar ao menos um minutinho com ela.
- Há quem diga que tendo esses dois já somos felizes, e talvez sejamos, mas eu tenho mais dois, e os dois são ainda maiores
- O terceiro pé é a amizade.
- A nossa amizade é a prova de que nossa estória de amor não é desse mundo, que é resultado de uma conspiração divina!
- Stela é minha alma gêmea, se é que isso existe, me desculpe padre mas é a única definição que encontro para dar a essa amizade tão incrível.
- Entre eu e ela não há segredos, não há nada que não compartilhemos.
- Nós pensamos e sentimos juntos, planejamos e concluímos planos juntos.
- Nós conversamos sobre qualquer bobagem juntos e nada importa além do fato de estarmos ali conversando um com o outro.
- Ela é tão minha amiga que atura todas as minhas trapalhadas e ouve todas as minhas burrices e delírios como se fossem música para seus ouvidos.
- Nós fomos criados juntos na casa daquele que planejou nosso destino feliz.
- Se eu vivesse eternamente contigo, seríamos a dupla perfeita, eu fazendo as trapalhadas e você desfazendo, eu deixando as pessoas me enganarem e você me salvando
- Eu chorando e você me consolando com suas palavras doces.
- Você cozinhando e eu tendo indigestões
Todos sorriram um pouco confusos
- Mas talvez, meus amigos, vocês não consigam imaginar como poderia haver mais do que três pés, não é?
- Pois nem eu imagino, não sei o nome dele, não sei de onde veio e nem para onde vai.
- Só sei que é lindo, é perfeito
- Esse pé eu o chamo de o pé desconhecido
- Ele é o maior de todos, o melhor de todos.
- Graças a ele eu não seu onde meu corpo começa e onde o dela termina
- Se ela chora meus olhos derramam lagrimas, se ela sorri meus lábios exibem os dentes
- Eu não controlo, e nem poderia pois esse pé é mais forte do que eu.
- O quarto, meus caros é o combustível da minha existência, é o que me dá forças para caminhar por todos os quatro cantos do mundo
- Eu sem ela, graças a esse pé, andaria incompleto, como um homem pela metade.
- Graças a esse pé eu me sinto realizado a cada vez que a faço sorrir.
- Graças a esse pé, quando eu faço burradas contra ti me sinto a pior das criaturas e só você pode me consolar
- Graças a ele, eu sou quem sou, graças a ele eu sou feliz
- Tudo o que eu faço na minha vida se torna dez vezes melhor, tudo é perfeito pois meus olhos me mostram tudo dessa forma
- EU TE AMO STELA!
Todos gritaram sorrindo e ítalo gritou denovo:
- Um brinde ao quarto pé e ao amor!
Todos brindaram e a música voltou a animar a festa.
Stela estava com os olhos imersos em lágrimas e pulava junto com ele no meio de todos.
Eles pararam e se olharam, a lagrima de Stela fazia seus olhos brilharem refletindo a luz do fogo que iluminava a casa.
- Não me deixe nunca, Matias
- Se eu te deixar, Stela, eu deixo a mim mesmo.
- Nossa alma é uma, tenho certeza que viveremos eternamente juntos
Eles se beijaram intensamente, suas línguas penetraram profundamente a boca um do outro e eles as moviam bem devagar.
Depois se abraçaram e ficaram parados, no meio de todos que pulavam e nem prestaram atenção nisso.
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